Arquivo Multimeios: P 1956/AMM

Arquivo Multimeios: pacote P 1956/AMM – Acervo IDART
Pesquisado: Fátima Colacite Pessoa de Oliveira
termo de compromisso: 05.07.2016

“Conjunto documental referente às atividades da instituição desde sua criação em 1976 até o encerramento de suas atividades em 2006.
Referenciado como P 1956/AMM – Acervo IDART, este pacote foi produzido a partir da junção de documentos que se encontravam dispersos nas dependências do Arquivo Multimeios e em documentação remanescente das Equipes Técnicas da Divisão de Pesquisas.”
(…)
“Outros documentos estão sendo acrescidos a este pacote, como é o caso dos DVDs, que registraram, em áudio e vídeo, os depoimentos de mais de 40 personalidades, entre artistas, pesquisadores e funcionários que relatam a história do IDART, a partir da vivência e atuação profissional na instituição.”

Quantidades de documentos reunidos:

cartazes: 3
catálogos: 4
convites: 6
documentos textuais: 257
fitas cassetes: 4
folhetos: 23
fotografias: 157
matérias jornalísticas: 35
fitas de vídeo VT: 4
DVD-R: 42
objeto tridimensional: 1
press releases: 4
revistas: 1

Números de tombo por tipo documental:

cartazes: 4.339-4.340, 4.361
catálogos: 2.945-2.948
convites: 3.244-3.248, 4.552
documentos textuais: 9.516-9.523, 9.527-9.546, 9.552-9.568, 9.578-9.646, 9.755-9.795, 9.889-9.893, 10.098-10.189
fitas cassetes: 2.865-2.868
folhetos: 602, 628, 2.732-2.735, 2.841-2.865, 3.428-3.429
fotografias: 123.963, 123.964, 143.702-143.792, 144.872-149.935
matérias jornalísticas: 15.012-15.20, 23.392-23.334, 23.929, 26.162-26.180
fitas de vídeo VT: 393-396
DVD-R: 224-265
objeto tridimensional: 17
press releases: 444, 1.290-1.291, 1.293
revistas: 235

Galeria: artigo “Idart chama as empresas”

Idart chama as empresas.
Folha de S Paulo, 09.01.1977, Artes visuais, p.62.
editor Luiz Ernesto Machado Kawall
(texto integral)

Quinto de uma série de cinco artigos
com entrevistas e comentários.


O Departamento de Informação e Documentação Artísticas da Secretaria Municipal de Cultura – IDART – solicita, às empresas particulares do Brasil, tais como firmas, bancos, e outras, que editaram brindes de fim de ano, ilustrados com reproduções de qualquer aspecto das artes do Brasil, como artes plásticas (contemporâneas ou do passado), monumentos históricos, arte indígena, arte popular, teatro, música e outras artes, o obséquio de enviarem o número mínimo de três exemplares de suas edições ao Centro de Pesquisas de Arte Brasileira do Departamento à rua Roberto Simonsen, 136 – térreo.

Os exemplares coletados, este ano, integrarão o Arquivo Documental do Centro, sendo por este conservados e utilizados, para exposições e outras atividades.

As edições podem ser de calendários, agendas, álbuns de arte, reproduções avulsas, cartazes, outdoors, textos de revistas, ilustrados ou não, e qualquer outro tipo de documentação sobre as artes em geral, no Brasil, publicada por empresas particulares, sendo consideradas, pelo IDART, de grande importância, como registro documental de Arte Brasileira. O núcleo inicial do IDART, a Seção de Arte da Biblioteca Municipal de Mário de Andrade, criou o Prêmio Ampulheta, para calendários de arte editados no Brasil, mantendo, durante 11 anos, o concurso, com exposições dos premiados.


Resumo das pesquisas já realizadas

Nas últimas reportagens sobre o Centro de Pesquisas de Arte Brasileira do IDART – Departamento de Informações e Documentação Artísticas, da Secretaria Municipal de Cultura, publicamos informações sobre os trabalhos desenvolvidos, no primeiro semestre de 1976, por essa Entidade, nas áreas de Arquitetura e Desenho Industrial, Artes Gráficas, Artes Plásticas e Arte Popular.

Hoje divulgaremos, ainda em primeira mão, resumo das pesquisas realizadas pelas demais áreas do IDAR/CP:


ÁREA: ARTES CÊNICAS

A Área de Artes Cênicas orientou a pesquisa no sentido de documentar os espetáculos que atendem duas faixas da população: o circo e o teatro. A essas duas formas de teatro corresponde uma situação geográfica do espetáculo. O circo acontece na periferia, enquanto o teatro se localiza nos pontos mais centrais da cidade.

A coleta do material pesquisado resultou num acervo de depoimentos gravados (sessenta horas), mil fotografias, duzentos slides, cartazes, programas, críticas, listagem de pessoal, empresas e entidades referentes a essas duas manifestações. Há também um documentário em super-oito realizado pelo ator-circense Demetrius.

Supervisora: Maria Thereza Vargas; Pesquisadores: Carlos Eugênio Marcondes de Moura, Cláudia de Alencar Bittencourt, Linneu Moreira Dias e Mariangela Muraro Alves de Lima, com formação universitária da Escola de Arte Dramática da USP.

Paralelamente, num trabalho interdisciplinar a Área de Arquitetura estudou o circo, enquanto estrutura arquitetônica como informamos domingo passado.

ÁREA: COMUNICAÇÃO DE MASSA

A área de Comunicação de Massa foi subdividida em quatro sub-áreas: Jornalismo, Publicidade, Rádio e Televisão. Cada uma dessas sub-áreas desenvolveu uma pesquisa distinta, dentro do tema geral proposto – SÃO PAULO: DIREITO E AVESSO, ou SÃO PAULO, DENTRO E FORA DO SISTEMA. Estudaram-se, pois, manifestações institucionalizadas e manifestações paralelas e/ou marginalizadas, excetuando o caso de Jornalismo, que se dedicou à chamada imprensa independente ou ‘nanica’, para posterior cotejo com a imprensa institucionalizada. Coleta de peças e documentos, gravados de depoimentos (sic), fotos documentais e registro de processos operacionais foram, em seguida, classificados, analisados e interpretados.

Supervisor: Décio Pignatari; Pesquisadores: Carlos Alberto Valero de Figueiredo, Eliana Lobo de Andrade Jorge, Flávio Luiz Porto e Silva, Maria Elisa Blandy Vercesi e Rita Okamura, com estudos específicos, nas áreas de que se ocuparam, licenciados pela Escola de Comunicação e Artes da USP.

ÁREA: CINEMA

A Área do Cinema estou curta-metragem de 70 a meados de 76. O estudo abrangeu legislação, produção, distribuição, exibição e as formas de difusão por meio de críticas ou festivais. O tema dentro/fora do sistema foi entendido da seguinte maneira: dentro do sistema estão os curtas que contam ou com um mercado compulsório (cinejornal) ou com o retorno certo de capital, como a cinepublicidade e os filmes de prestação de serviços; fora do sistema os filmes que veiculam os aspectos mais vivos da cultura nacional. Do conjunto de curtas independentes selecionou-se uma amostra que destaca três temas: a situação do curta no Brasil, a participação do imigrante no desenvolvimento da cidade e um histórico de São Paulo, da economia rural à industrialização.

Supervisor: Carlos Roberto Rodrigues de Souza; Pesquisadores: Eliana de Oliveira Queiroz, José Carvalho Motta e Zulmira Ribeiro Tavares, especialistas em cinema com formação na USP.

ÁREA: LITERATURA E SEMIÓTICA

O trabalho se direciona para dois pólos da produção literária: as realizações mantidas à margem do circuito comercial e a tradução de textos literários para a televisão. Na televisão privilegia-se o texto consagrado pela História Literária e mantém-se os padrões convencionados pelo Sistema: linearidade, verossimilhança e intriga. A antiliteratura é desvinculada da norma literária, por constituir informação que enfrenta o bloqueio editorial e a recepção impermeável ao novo. A passagem do texto verbal para o televisivo constitui um fato semiótico que poderá intervir na percepção do receptador, desenvolvendo sua capacidade de aprender a linguagem à procura da invenção.

Supervisora: Professora Lucrécia D’Aléssio Ferrara; Pesquisadores: Cristine Marie Tedeschi Conforti Serroni, Diná Yoshizaki, Erson Martins de Oliveira e Norval Baitello Júnior, licenciados em literatura pela PUC.

ÁREA: MÚSICA / SOM

O título dado à pesquisa foi O Disco em São Paulo. Tratou-se do disco comercial, produzido inteira ou parcialmente na cidade (aqui são produzidos acima de 50% dos discos do país). Colheu-se documentos, de janeiro a julho de 1976, junto a empresas bem pequenas (Clarim, Holiday), médias (Carmona, Japoti) e grandes (RCA, Continental), ilustrando as etapas do processo: empresariado, gravação, industrialização, consumo.

Gravamos e fotografamos depoimentos (empresários, artistas, técnicos de indústria). Colhemos literatura e amostras de discos, material gráfico, etc. A pesquisa se interessou pelo disco como processo que vai da produção ao consumo.

Supervisor: Maestro Damiano Cozzela; Pesquisadores: Dorotéa Machado Kerr, Fernando C. Duarte e Ricardo Lobo de Andrade, musicistas e musicólogos.

ÁREA: ARQUIVO DOCUMENTAL

Compete ao Arquivo Documental do Centro de Pesquisas do IDART, segundo normas internacionais e nacionais de documentação, recolher, processar tecnicamente e divulgar as informações oriundas dos documentos recolhidos pelas diversas áreas de pesquisa ou adquiridas por compra, permuta ou doação recebidas de outras fontes.

Trabalho já em desenvolvimento: Hemeroteca, abrangendo toda manifestação artística e cultural brasileira contemporânea, vem reunindo coleções especiais de jornais e revistas, no sentido de fazer o ‘Registro da Memória’ e de manter atualizadas as áreas de pesquisa e consulentes, arquivando no primeiro semestre de 1976: 8.550 artigos de periódicos e 150 artigos de revistas.

Supervisora: Bibliotecária Maria José Camargo de Carvalho.

O bibliotecário Márcio Airello Pires de Almeida já executou um projeto que visa à recuperação da informação, no Arquivo Documental.
(AV, 31.10, 14.11, 5.12 e 19.12)

Fonte:
Idart chama as empresas.
Folha de S Paulo, 09.01.1977, Artes visuais, p.62.
https://acervo.folha.com.br/digital/leitor.do?numero=6090&anchor=4222673 (acesso para assinantes)

Podcast: “Eternizando a memória” (2021)

https://centrocultural.sp.gov.br/eternizando-a-memoria
(com descrição e links)


A série com cinco episódios, que integra o projeto Digitalização e Difusão do Acervo Sonoro e Audiovisual do Arquivo Multimeios-CCSP, procura descrever o acervo com ênfase no processo de digitalização em andamento na década de 2020. A realização contou com apoio do Programa de Ação Cultural da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, a Associação Amigos do Centro Cultural São Paulo e o CCSP.

Disponibilizada em dezembro de 2021, no Spotify e no You Tube, a série traz entrevistas com recortes de 16’/18′, que apresentam o acervo como também projetos de pesquisa nos conjuntos documentais sobre teatro e televisão.

Episódios
1 – O Arquivo Multimeios
2 – Digitalizar também é preservar
3 – A memória da televisão brasileira
4- Processos técnicos de digitalização
5 – O panorama da produção teatral de 75 a 95

Existe uma diferença, porém, entre as edições em áudio e vídeo, pois os programas n.1 em cada série são distintos. Na versão no Spotify, Marta Paolicchi, única remanescente da equipe da Divisão de Pesquisas, traça o histórico do Idart, e os principais conjuntos documentais reunidos. Na versão no You Tube, Edney Almeida de Brito, técnico do Arquivo Multimeios, “apresenta a reserva onde estão os acervos, os tipos de suportes, os processos técnicos de manipulação, as condições de preservação”. (cf. descrição sobre o vídeo).

Para acesso direto, use os links abaixo:

1 – O Arquivo MultimeiosSpotify e You Tube
Marta Paolicchi (versão 1), Edney Almeida de Brito (versão 2)
“…um pouco da história do Arquivo Multimeios” (You Tube)


2 – Digitalizar também é preservarSpotify e You Tube
Camilla Parenti
“… digital organizer e sócia da empresa responsável pela digitalização do acervo audiovisual do Arquivo Multimeios, conta sobre a importância da preservação da memória e do patrimônio histórico cultural por meio da digitalização, trazendo também informações sobre as etapas técnicas desse processo de digitalização e sobre a fragilidade dos suportes de mídias modernas.” (You Tube)


3 – A memória da televisão brasileiraSpotify e You Tube
Didi Monteiro
“Fazendo uma investigação acerca do acervo audiovisual, Didi Montteiro, agente cultural e pesquisador, realiza recorte acerca da memória da televisão brasileira, abarcando importantes momentos da teledramaturgia, das artes cênicas, das artes visuais, da música, do entretenimento,variedades, do jornalismo e propaganda. São programas, telenovelas memoráveis, entrevistas com realizadores e realizadoras, e diferentes artistas que estão na história da TV. É praticamente uma linha do tempo que parte desde os anos 60 e 70 ao início dos anos 2000.” (You Tube)


4- Processos técnicos de digitalizaçãoSpotify e You Tube
Adilson Lima e Sonia Marachlian
“Adilson Lima, técnico responsável pela digitalização do acervo sonoro do Arquivo Multimeios, e Sonia Marachlian, sócia da empresa de digitalização, contam sobre o processo técnico de digitalização de acervos sonoros e audiovisuais.” (You Tube)


5 – O panorama da produção teatral de 75 a 95Spotify e You Tube
Silvana Garcia
“Silvana Garcia, professora, pesquisadora e diretora de teatro, apresenta os principais tópicos da pesquisa realizada, como forma de extroverter os conteúdos do acervo sonoro digitalizado, abordando o contexto histórico e cultural dos áudios de espetáculos que representam momentos importantes de transformação no panorama da produção teatral das décadas de 75 a 95. Parte dessa produção reflete um período de censura e repressão do regime militar, bem como, o surgimento de novos segmentos de produção de novos agentes, sendo um momento fértil no teatro de São Paulo.” (You Tube)

Ficha técnica:
.realização – Ação Cultural CCSP
.coordenação – Ramon Soares
.entrevista e edição – Marta Fonterrada
.operador de áudio Rádio CCSP: Eduardo Neves
.captação e edição: Alessandro Santos e Zé Amado